Desde a segunda-feira (22) os residentes do Departamento de Cirurgia e de Cirurgia de Pediatria da ISCMSP paralisaram suas atividades junto a instituição devido, dentre outras causas, a suspensão arbitrária das cirurgias eletivas do hospital por tempo indeterminado.
Segundo a diretoria da Irmandade, as cirurgias foram suspensas devido a falta de verba decorrente da necessidade de pagamento de dívidas que, somadas, ultrapassam os 800 milhões de reais.
As filas de cirurgia estão se acumulando e pacientes com necessidades cirúrgicas ficam no aguardo sem perspectiva de convocação. Muitos, necessitam de cirurgias oncológicas que, embora não sejam de emergência, devem ser realizadas consideradas prioridade, já que o tempo de espera altera o prognóstico e pode ser o diferencial no tratamento desses pacientes.
A instituição é conhecida pela sua excelência assistencial a saúde na cidade de São Paulo, mas está deixando de realizar cerca de 900 cirurgias eletivas ao mês devido suas dívidas. Além disso, não estão fazendo o devido encaminhamento a outros hospitais dos casos que não conseguem dar demanda.
O cancelamento das cirurgias não só afeta milhares de pacientes, mas também interfere diretamente na formação dos médicos residentes da Santa Casa. Devido a esse fato, os programas de área cirúrgica não estão tendo o número mínimo de cirurgias pré-determinado pela Comissão Nacional de Residência Médica para a formação médica. Ficar sem realizar tais procedimentos pode inviabilizar a conclusão adequada desses programas de residência.
A AMERESP, como representante dos médicos residentes no Estado de São Paulo, está dando todo o apoio necessário aos envolvidos e estará nessa luta do lado dos residentes da Santa Casa para uma resolução o mais breve possível.
Diretoria